
Os alunos aprendem, também, a prestar atenção, ouvir uns aos outros e colocar em prática a seu poder de argumentação. Esse diálogo em sala de aula é muito importante, pois na hora de aprender a relação não deve ser somente entre professor e aluno, mas também entre seus iguais. Estudos revelam que essa interação traz ótimos resultados para todos os envolvidos e aumentam o rendimento das crianças.
Para que professor possa trabalhar com os grupos, é importante ele conhecer seus alunos, suas dificuldades e qualidades, saber o que cada um absorveu do conteúdo para separar os alunos de forma que todos possam participar e se ajudar.
Os professores podem seguir algumas dicas. Antes de começar os trabalhos é preciso distribuir o material, explicar o que cada um deve fazer e as dificuldades que podem enfrentar. Depois, prestar assistência aos grupos, acrescentando informações quando necessário e debater com os alunos as dúvidas e o que está sendo aprendido com o exercício.
Algumas opções de atividades são jogos, trabalhos, apresentações. Em casos de jogos, ir aumentando a dificuldade de cada exercício proposto pode ser interessante. Se caso alguma equipe não está rendendo ou está mais lenta, o professor deve analisar o problema e intervir como achar necessário.
Os grupos não precisam ser grandes. Apesar de grupos com 4 ou mais participantes terem mais heterogeneidade, mais opiniões e pontos de vista, os trabalhos em dupla também geram benefícios. A interação e troca de ideias e o espaço – até para os mais tímidos – de colocarem suas opiniões é maior. Mas o grande benefício, não importando o tamanho do grupo, é aprender a conviver. Alguns problemas de afinidade podem aparecer, mas a escola é o lugar certo para que eles entendam que cada um tem uma maneira, um ritmo e um ponto de vista e que respeitá-lo é importante, afinal o mundo é cheio de diferenças.
por Thays Kloss