
Yvette adotou o homeschooling enquanto dava aulas no Texas e seu filho tinha entre 3 e 4 anos. Hoje, morando em Curitiba, ela se dedica a dar dicas para os pais e oferecer palestras, workshops e, através da Creative, outras várias atividades que desenvolvem ainda mais o talento dos pequenos.
A prática do homeschooling exige preparação dos pais. Segundo Yvette, além de ter conhecimento e educação superior, eles devem possuir paciência, entender sobre a psicologia infantil e o processo de aprendizado. A avaliação dos pais pode ser feita de várias formas. Yvette destaca a avaliação por pontos, na qual se leva em conta se a criança conseguiu realizar as atividades. Outra opção são softwares que oferecem exercícios e ela passa de nível conforte acerta.
Uma alternativa já adotada em outros países são os grupos que alguns pais criam para dar as aulas. Às vezes um pai ou uma mãe entende mais de determinada matéria e, assim, todos se ajudam. Desse jeito, a criança também pode continuar a ter interação com outras e se interessar e receber mais atenção, pois em pequenos grupos é mais fácil trabalhar as particularidades de cada uma.
Para Yvette, o segredo do homeschooling é ser organizado, ter controle e estabelecer bem as regras. Os pais não precisam se preocupar das crianças os confundirem com o papel de professor. “Muitas crianças adoram a oportunidade de ter um dos pais como professor. Eles entendem a diferença, desde que você deixe claro quando é hora de ler um livro e estudar e quando é hora de ver tevê ou jogar videogame”, explica.
Mesmo sendo ilegal, no Brasil existem algumas famílias que adotam o homeschooling, pois acham que a qualidade das escolas não é tão boa. Na visão de Yvette, o que falta, na verdade, é inovação. “É preciso ter uma nova didática, uma nova tecnologia. A criança não é a mesma daquela de 20, 30 anos atrás. Ela aprende de forma diferente. É preciso ter uma nova proposta educacional para o hoje, o agora”, afirma.
Enquanto tal inovação ainda não chega, o que os pais podem fazer é apoiar seus pequenos. Transformar o homeschooling em uma prática de participação na educação, separando algumas horas do dia para estudar com a criança de uma forma diferente, valendo até passeios por museus, zoológicos ou utilizando qualquer outra ferramenta que desperte ainda mais o filho a procurar conhecimento.
Para quem quiser ler a entrevista, é só acessar o link.